Que dificuldade há em sermos bons uns para os outros?
Que dificuldade há em perder uns momentos do nosso dia para dar os parabéns? Desejar felicidades por qualquer coisa? Dia do Pai, Dia da Mãe, nascimento de um filho/filha, neto/neta de alguém que significa algo para nós?
Que dificuldade há em não nos esquecermos uns dos outros?
De dizer um simples obrigado! Um obrigado até no simples gesto de nos servirem um copo? Um copo?
Não! Não há dificuldade alguma!
Difícil é aceitar que alguém tenha essa(s) dificuldades….
Vivemos numa sociedade onde o egoísmo e o egocentrismo crescem a níveis galopantes. Basta olhar na rua, nos cafés, nos restaurantes, todos a olhar para o seu écran, que é o “umbigo” do século XXI
“Era tudo tão bom no nosso tempo!!!” A frase que mais digo e mais ouço nos dias que correm.
A geração que vem a seguir a nós tem uma herança pesada. Herança essa que fomos nós, que vivemos e crescemos na rua, sem telemóveis nem gadgets, criámos e lhes deixámos, assim! Sem mais nem menos, sem controlo!
Contra mim falo! Que também tenho essa dificuldade!!!
E é difícil para mim aceitar esta dificuldade!!
Porto, 26 de Outubro de 2023