quarta-feira, 10 de setembro de 2014

(RE)COMEÇAR

Durante a nossa vida, durante um simples ano da nossa vida há vários (re)começos.

 

Definição de recomeçar – reiniciar

 

Reiniciar, ou iniciar, como acharem melhor. E temos vários exemplos ao longo do ano, ao longo da vida...

 

Senão vejamos...

 

No aniversário sentimos que algo novo vai acontecer! É vulgar dizer “venham mais x anos!” ou “que para o ano estejamos cá todos de novo!”, porque queremos ser eternos, porque queremos viver e reviver a vida! Formulamos desejos, sonhos.

 

No ano novo, sentimos que algo novo pode acontecer, queremos aprender com os erros e sermos melhores no ano seguinte...”Felicidades”, “Bom Ano”, “Próspero Ano Novo” dizemos com frequência. Nesse dia sentimos que vamos verdadeiramente (re)começar! 

 

Nesse dia as moedas acabaram! Temos de inserir mais! Ou então “Game Over. Insert Coins” como dizem as máquinas dos salões de jogos. 

Fazendo um parênteses aqui....

Será que ainda existem esses salões? Confesso que tenho saudades desses tempos em que, com um grande amigo meu, e com 50 escudos, começávamos (aqui não recomeçávamos) e terminávamos o jogo sem ter de ler essa frase fatídica de “Game Over”.

 

O casamento é verdadeiramente um COMEÇO. Para outros um recomeço (2º, 3º casamento e por aí fora). Escrevo assim com “C” maiúsculo. Como referi noutra crónica, o casamento é um COMEÇO, mas é ao mesmo tempo uma das maiores provas de vida que temos pela frente. 

 

É maravilhoso mas exigente, é alegria e tristeza, é angústia e orgulho, é tanta coisa! É ter filhos! Educá-los, dar-lhes as “chaves” certas para a vida, ou que pelo menos achamos que são as chaves certas!

 

E chego ao ponto que me deu as luzes para esta começar a escrever esta crónica....

 

O PRIMEIRO DIA DE AULAS!

 

O (re)começar de um longo caminho que temos pela frente, com tudo aquilo que a vida nos pode dar.. Alegria, felicidade, angustia, frustração, tanta coisa....

 

Ainda hoje o meu filho do meio, ou como lhe chamava antes da filhota nascer “o irmão mais novo do meu filho mais velho” chorou quando o fui deixar na escola, colou-se a mim como uma lapa. 

Confesso que não sou pai de ficar ali até lhe passar a birra. Despeço-me calmamente com um beijo e um “até logo”.

Ao final do dia perguntei-lhe: “porque choraste quando me vim embora da escola?” ao que ele respondeu “porque queria que o pai ficasse!! Porque ia ter saudades do pai!”.

 

Respondi-lhe: “Eu gostaria muito de ter ficado, mas não posso!”, e acrescentei “imagina agora que quem não queria sair da escola era o pai, e que vocês iam começar as actividade e o pai não queria sair. Chorava e berrava que não queria sair! O que me dizias?

Oh! Dizia que o pai tinha que ir trabalhar!!

 

Acho que entendeu a “chave” e não terei de fazer esse espetáculo na escola.

 

Próximo dia 15 de Setembro, oficialmente (re)iniciam mais um ciclo da vida! É o primeiro dia de aulas! 

 

Malas prontas, material escolar lá dentro e boa sorte!!!!

 

Escrevi esta crónica no auditório do agrupamento escolar dos meus filhos, enquanto esperava pela apresentação do ano lectivo de 2014/2015. A escola é sempre uma excelente inspiração.


Lisboa, 14 de Setembro de 2014

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