Sou um pai moderno, sinto-me um pai moderno., com virtudes e defeitos. Sim leram bem, tenho defeitos. Quem tem “terroristas” em casa sabe do que falo.
Mas o que é ser um Pai moderno?
Sei, pelas minha avós que no seu tempo o pai trabalhava o dia inteiro e a mãe ficava em casa, cuidando dos rebentos, mudando fraldas atrás de fraldas durante anos a fio. Sim nessa altura as famílias eram numerosas (mesmo sem os “incentivos” que há hoje, se é que os há verdadeiramente, mas sobre essa temática falarei noutra crónica...) e a casa estava sempre cheia.
Choros, fraldas de pano a secar no estendal juntamente com roupa, muita roupa que ia passando de irmão para irmão, de irmã para irmã, muita louça para lavar, camas para fazer, muitas histórias para adormecer...e mais tarde os choros são lentamente substituídos por risinhos, jogos, discussões de gente que está a crescer entre outras...
E o pai, supostamente, não participava nessas tarefas! Não mudava fraldas, não lavava nem estendia roupa, não fazia camas, no fundo “não sabia estrelar um ovo”. Era o patriarca da família e tinha esses “privilégios”.
Hoje em dia, a figura patriarcal continua a existir mas foi substituída por um pai moderno, e eu sinto-me um pai moderno.
Mudei muitas fraldas, aturei muitas birras (ainda hoje aturo), contei e ainda hoje conto histórias de adormecer e sei estrelar um ovo! Porque tem de ser assim, porque quero que seja assim. Quero estar presente em todos os momentos da vida dos meus filhos e acho que todos os pais o devem fazer.
Famílias numerosas são cada vez menos numerosas, fruto da instabilidade social que vivemos, das opções de carreira da mãe, do pai, que são totalmente válidas.
Mas acredito que uma família deveria ser numerosa! Casa cheia, com muitos choros, birras, roupa estendida, discussões, guerras...
...Mas acima de tudo muitos ovos estrelados! Pelo pai!!
Lisboa, 12 de Maio de 2014
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