quinta-feira, 27 de novembro de 2014

CENTROS COMERCIAIS E BICHOS MAUS

O nome não é muito sugestivo mas se lhe chamei a atenção fico contente.

 

Os homens não foram feitos para irem aos centros comerciais e as mulheres não foram feitas para colocar a louça na máquina!! 

 

Não foram!!

 

Nós, homens, não temos capacidade de estar horas dentro de lojas a decidir o que escolher e experimentar o que escolheram. Somos muito básicos neste. Quando queremos algo, entramos na loja, escolhemos e saímos.

 

As mulheres pelo contrário, gostam de entrar em cada loja, demorar o seu tempo a escolher, experimentar, pensar, decidir e comprar... E têm a capacidade espantosa de repetir isto várias vezes sem se cansarem.

 

Façam o seguinte exercício da próxima vez que forem ao centro comercial: vejam quantos homens estão à porta das lojas, seja a olhar para o infinito seja, e hoje em dia é cada vez mais comum, a mexerem o telemóvel.

 

Se calhar ficarão surpreendidas!

 

Não é de todo uma critica, aliás, por isso é que referi os dois lados da “barricada”. Nós somos incapazes de ter a paciência para tal jornada!

 

Eu confesso que já não fico fora da loja! Com o tempo aprendi que é importante estar junto dela, mesmo que seja pelo motivo mais fútil: por vezes é apenas ver e não comprar.

 

Máquina da louça!

 

Esse bicho mau para as mulheres. Do que já ouvi de amigos meus, elas não gostam mesmo daquele aparelho! Não sei muito bem porquê.... as divisórias estão lá mas mesmo assim encontro algumas vezes copos virados para cima, tudo desorganizado.

 

A minha mulher diz mesmo! “Não fui feita para colocar a louça na máquina!”

 

Daí ter sido estipulado lá em casa que quem coloca e tira a louça da máquina sou eu!!

 

Agora lembrei-me de outro bicho mau mas para os homens! A máquina da roupa!!

 

Até vem com livro de instruções mas quantas vezes já não se depararam com o dilema “onde é que coloco o detergente?”, “e o amaciador?”. Até porque na maioria das vezes o livro desapareceu ou não há paciência para ver qual o programa adequado..

 

Tenho que confessar, e por favor não digam nada à minha mulher, que por diversas vezes, se não mesmo todas, já coloquei detergente em todas os compartimentos de detergente da máquina. Assim tenho a certeza que a roupa fica toda lavada.... E em algumas vezes usei o programa errado...

 

Fica só entre nós pode ser? ;)


Lisboa, 27 de Novembro de 2014

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

SAUDADES DE SER JOVEM, DE SER INVENCÍVEL

Uma vez que estamos numa crónica de Supa Pai hoje falo das crianças a maior fonte de inspiração, energia e alegria que conheço..

 

Os meus filhos começaram este ano o Rugby, e ao olhar para eles a treinar, mais vez foram fonte de inspiração. Neste caso posso dizer que a transpiração foi inspiração....

 

Sempre gostei desta modalidade, mas nunca a pratiquei, apesar dos apelos de um tio meu, que sempre me disse que tinha a energia e porte atlético para tal. No entanto foi pelo andebol (desporto que o meu pai tão bem jogou) que me apaixonei durante mais de 20 anos.

 

Ao assistir aos treinos dos meus filhos, deu-me saudades de treinar, de ter esta energia quase inesgotável, de sentir até que era invencível. Eu sentia isso, e ainda hoje acho que dos 10 aos 25-30 anos era invencível! Nada me metia medo, me fazia parar..

 

A liberdade da adolescência, as primeiras saídas à noite, as férias, os amores de verão, os primeiros beijos, a primeira vez de tanta coisa, de SER JOVEM! Tenho saudades de ser jovem. Quem não tem?

 

E estas saudades terão tendência para aumentar, uma vez que a cada ano que passa quero sempre continuar a fazer o que sempre fiz! Desporto, subir escadas de dois em dois degraus, atirar os filhos ao ar (.....bem isto se calhar um dia terá mesmo de acabar...), transportar o maior número de sacos de compras do carro  para reduzir o número de viagens, etc....

 

Irei agora assistir, ainda que de longe à primeira de muitas coisas que irão acontecer aos meus filhos. E tenho sorte! Pois tenho 2 rapazes e 1 rapariga, o que me dará visão dos dois lados da barricada.

 

Mas o que mais me intriga será ver como irá crescer a mulher (esse ser absolutamente enigmático e incrível) mais nova cá de casa... Apesar de eu ter uma irmã, temos apenas 4 anos de diferença pelo que a determinada altura do nosso crescimento ou eu era demasiado parvo para ela ou ela era demasiado criança para mim. O habitual no relacionamento entre rapazes e raparigas.

 

Não pensem que ao dizer isto que me sinto velho, pelo contrário, ainda existe em mim algo de invencível. Mas aquela energia que habita diariamente a minha casa, fascina-me, faz-me sentir mais cansado é certo, mas inspirado!


Lisboa, 2 de Outubro de 2014

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

AMIGOS/AMIGAS

Essa entidade que é quase família, por vezes é mesmo família.

 

São irmãos/irmãs que nunca tivemos, são nossos confidentes, em quem nos confiam os seus segredos, ansiedades, medos...Estão sempre lá!!

 

E quem tem amigos assim é um sortudo! Num mundo em que cada vez mais “falamos” por chat, por sms, pelas redes sociais, torna-se mais raro ter  grandes amigos! Aqueles que nunca falham, que estão sempre por perto!

 

Ainda há pouco tempo estava a sair do Aquashow no Algarve e reparei em 3 rapazes “agarrados” aos seus telemóveis...Por piada perguntei “vocês são amigos?” e a resposta foi “Sim”... Seria o cúmulo estarem os 3 a comentar o mesmo post no facebook....o que não me parece que hoje em dia não é descabido de todo.

 

Cresci e brinquei muito na rua, onde as amizades são mais fáceis de acontecer, futebol de rua, escondidas, bate pé (quem sabe o que é o bate pé sabe o que estou a falar....quem não sabe pergunte ao pai ou mãe), jogo do lenço, jogo do segredo, entre outros.

 

Meu Deus já tenho saudades!! Vivíamos felizes sem todos os gadgets que existe hoje em dia, sem televisão a cores, apenas com 2 canais, em que a RTP 2 só começava à tarde com um programa chamado “Follow Me” - https://www.youtube.com/watch?v=PGiNjI1j2P4 - e que era nem mais nem menos que um curso de inglês...Talvez venha daí a minha facilidade em aprender inglês e nunca ter estudado para um teste de inglês durante os 6 anos que tive essa disciplina na escola.

 

Com isto tudo não quero dizer que irei privar os meus filhos de se divertir com uma playstation ou afins...Desejo é que eles possam ter o melhor de cada mundo! Só assim poderão ter uma infância tão ou mais feliz como eu tive o privilégio de viver.

 

As meninas necessitam de ter as suas amigas. Elas são parte fundamental do seu crescimento emocional que os rapazes não conseguem dar em fase mais precoce do crescimento. Porque são parvos, chatos, só pensam em futebol e carros. Hoje em dia talvez o futebol se mantenha e os carros sejam substituídos por Invizimals, Skylanders, etc...

 

Vou adorar assistir ao crescimento da minha princesa com as suas amigas, segredando no quarto, mais tarde indo às compras com a mala no braço, talvez ouvindo piropos (se os rapazes não estiverem agarrados a um post facebookiano), chamando-lhes de parvos mas com o ego em “alta”.

 

Quantos amigos de infância irão os nossos filhos ter até à idade adulta? Se os pais não alimentarem essas amizades, irá perder-se em fim de semana que “como choveu tivemos de ficar em casa (com os gadgets)”.

 

Este domingo que passou estava no INATEL e encontrei um grande amigo de infância, o José Maria Vieira Mendes, grande escritor de peças de teatro com um futuro enorme pela frente – se quiserem ver as suas peças, podem sair de casa, mesmo num dia de chuva e ir ao teatro Praga (www.teatropraga.com) ou qualquer outro teatro ou actividade...

 

Quero dizer com isto que sem uma infância feliz e intensa, provavelmente não iria reconhecer o Zé Maria ou qualquer outro amigo/a de infância. E olhem que eu sei o nome de todos os meus colegas de primária, sem excepção.... O porquê fica para outra crónica.

 

Não quero de todo dizer que só há amizades desde esse tempo.....A amizade é algo que se constrói com anos e anos de presença...Tenho a sorte e o privilégio de ter grandes amigos, minha família, os confidentes, que estão sempre lá!

 

Ontem o meu cunhado fez anos e todos (reforço o “todos”) os seus amigos de juventude estavam lá para brindar!

 

Por isso, e como a minha vida pessoal (mulher enóloga) e profissional (FitaPreta Vinhos e Maçanita Vinhos) envolve esse néctar, volto a erguer o copo e desta vez brindo à verdadeira amizade!

 

Amigos! Amigas! Este brinde é para vocês!!! Adoro-vos!!


Lisboa, 24 de Setembro de 2014

 

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

DESCULPA

É das palavras mais fáceis de dizer! Porque pode remediar o que fizemos de errado. Porque crescemos a ouvir “Pede desculpa ao teu irmão!” ou “Estou à espera do teu pedido de desculpas!”

 

Ou seja, ainda antes de perceber o que é pedir desculpa já somos “obrigados” a fazê-lo...

 

Os meus filhos ainda não entenderam totalmente o verdadeiro significado de tão forte palavra. Por isso ainda ouço, quando se magoam um ao outro, um “des-------lpa” balbuciado entre os dentes e com ar de zangado.

 

Como fazer com que eles entendam?

 

O tempo e o crescimento emocional ajuda, mas creio ser importante lhes dar os “inputs” constantemente! Senão será mais difícil no futuro e em adulto o “desculpa” torna-se banal....

 

Por vezes, quando fazemos “besteira da grossa” como dizem os nossos irmãos brasileiros, temos tendência para pedir de imediato desculpa. Só que o que acontecia quando éramos pequenos já não funciona assim tão facilmente...

 

Passo a explicar: Em pequenos, um “desculpa” em conjunto com um abraço ou um beijo servia para resolver o problema.

 

Quando crescemos essa palavra, em alguns casos, já não é suficiente, temos de fazer mais, ser mais crescidos, aceitar o erro e tentar que não volte a acontecer...Ainda estamos a crescer! Como homem, como mulher, como ser humano. Quem diz que já não tem idade para aprender, dificilmente poderá remediar os erros e os seus “desculpa” de nada servem.

 

É importante fazer algo mais! Conquistar novamente a confiança e o respeito de quem se traiu. E isso por vezes é duro, muito duro! 

 

A minha mulher uma vez disse-me “ainda está para nascer a mulher que não gostará de ser reconquistada”. E eu acredito nela!

 

Acredito que além de gostarem de ser reconquistadas, gostam de ser conquistadas! E nós também! Todos os dias! Porque a vida a dois não se resume a um “SIM” no dia do casamento. É no dia-a-dia que uma relação se baseia e o somatório desses dias traz-nos a FELICIDADE!!

 

As mulheres têm essa sensibilidade de aceitar uma reconquista, de aceitar o “desculpa”, de seguir em frente, não esquecendo obviamente o que aconteceu. Mas a sua capacidade de voltar a amar é, quase, infinita.

 

Noutros tempos, e sei de histórias da minha avó e bisavó, reais, o marido traia a mulher.. A mulher, na maioria das vezes perdoava as “escapadelas” e a vida corria normalmente. E a minha avó e bisavó, perdoando, foram felizes até ao fim das suas vidas!!

 

Hoje não será propriamente assim mas acredito que no amor tudo é possível! 

 

Perdoar, amar, conquistar, reconquistar e até pedir desculpa!!!


Lisboa, 17 de Setembro de 2014

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

(RE)COMEÇAR

Durante a nossa vida, durante um simples ano da nossa vida há vários (re)começos.

 

Definição de recomeçar – reiniciar

 

Reiniciar, ou iniciar, como acharem melhor. E temos vários exemplos ao longo do ano, ao longo da vida...

 

Senão vejamos...

 

No aniversário sentimos que algo novo vai acontecer! É vulgar dizer “venham mais x anos!” ou “que para o ano estejamos cá todos de novo!”, porque queremos ser eternos, porque queremos viver e reviver a vida! Formulamos desejos, sonhos.

 

No ano novo, sentimos que algo novo pode acontecer, queremos aprender com os erros e sermos melhores no ano seguinte...”Felicidades”, “Bom Ano”, “Próspero Ano Novo” dizemos com frequência. Nesse dia sentimos que vamos verdadeiramente (re)começar! 

 

Nesse dia as moedas acabaram! Temos de inserir mais! Ou então “Game Over. Insert Coins” como dizem as máquinas dos salões de jogos. 

Fazendo um parênteses aqui....

Será que ainda existem esses salões? Confesso que tenho saudades desses tempos em que, com um grande amigo meu, e com 50 escudos, começávamos (aqui não recomeçávamos) e terminávamos o jogo sem ter de ler essa frase fatídica de “Game Over”.

 

O casamento é verdadeiramente um COMEÇO. Para outros um recomeço (2º, 3º casamento e por aí fora). Escrevo assim com “C” maiúsculo. Como referi noutra crónica, o casamento é um COMEÇO, mas é ao mesmo tempo uma das maiores provas de vida que temos pela frente. 

 

É maravilhoso mas exigente, é alegria e tristeza, é angústia e orgulho, é tanta coisa! É ter filhos! Educá-los, dar-lhes as “chaves” certas para a vida, ou que pelo menos achamos que são as chaves certas!

 

E chego ao ponto que me deu as luzes para esta começar a escrever esta crónica....

 

O PRIMEIRO DIA DE AULAS!

 

O (re)começar de um longo caminho que temos pela frente, com tudo aquilo que a vida nos pode dar.. Alegria, felicidade, angustia, frustração, tanta coisa....

 

Ainda hoje o meu filho do meio, ou como lhe chamava antes da filhota nascer “o irmão mais novo do meu filho mais velho” chorou quando o fui deixar na escola, colou-se a mim como uma lapa. 

Confesso que não sou pai de ficar ali até lhe passar a birra. Despeço-me calmamente com um beijo e um “até logo”.

Ao final do dia perguntei-lhe: “porque choraste quando me vim embora da escola?” ao que ele respondeu “porque queria que o pai ficasse!! Porque ia ter saudades do pai!”.

 

Respondi-lhe: “Eu gostaria muito de ter ficado, mas não posso!”, e acrescentei “imagina agora que quem não queria sair da escola era o pai, e que vocês iam começar as actividade e o pai não queria sair. Chorava e berrava que não queria sair! O que me dizias?

Oh! Dizia que o pai tinha que ir trabalhar!!

 

Acho que entendeu a “chave” e não terei de fazer esse espetáculo na escola.

 

Próximo dia 15 de Setembro, oficialmente (re)iniciam mais um ciclo da vida! É o primeiro dia de aulas! 

 

Malas prontas, material escolar lá dentro e boa sorte!!!!

 

Escrevi esta crónica no auditório do agrupamento escolar dos meus filhos, enquanto esperava pela apresentação do ano lectivo de 2014/2015. A escola é sempre uma excelente inspiração.


Lisboa, 14 de Setembro de 2014

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

SAPATOS, SAPATOS E MAIS SAPATOS

Estive desinspirado a semana toda (se é que existe inspiração de todo) até hoje...

A minha filhota tem uma otite e tive de ficar com ela em casa... Ao inicio nada tem a ver com o título mas rapidamente irão perceber a ligação...

 

O que acho impressionante e fascinante numa menina – tenho 2 rapazes mais velhos, por isso toda esta feminilidade em casa é impressionante e fascinante – é que desde pequena que gosta de levar a mala dela pendurada no braço, mais precisamente na parte interior do braço, entre o braço e o antebraço, já começou a querer colocar alguns objectos dentro da tal mala e levar à rua....

 

Adora passear na rua com um mini-carrinho de bebé e com a “Maria” (cá em casa foi o nome que ela deu ao Nenuco). Hoje cozinhou e deu a “papa” à Maria, vestiu-lhe o pijama, perguntou pela chupeta dela e ainda quis dar-lhe um pouco de leite antes de se deitar.....Para quem, ainda, não tem filhas meninas, devem desejar ter uma!!! É maravilhoso!!

 

A sensibilidade e visão do mundo que a rodeia é completamente diferente dos rapazes, apesar de ela, por uma osmose de irmandade, querer imitar o que os rapazes fazem, i.e trepar tudo! Saltar seja de onde for, chutar à bola....

 

Mas são diferentes! Tão diferentes! Um verdadeiro encanto!!

 

E hoje, em casa, por diversas vezes quis calçar-me, queria que a calçasse. Dizia-lhe que “filhota o pai não quer calçar-se! Quando formos à rua pode ser!” Mas não desistiu até me calçar os chinelos (menos mau) e calçar os seus sapatinhos azuis....

 

E foi essa a “inspiração” que me faltava para a minha crónica de hoje! Os sapatos!

Ou melhor ainda os “papos” como ela lhe chama e me pede para calçar todos os dias.

 

Coincidência ou não assisti a uma reportagem na televisão sobre uma tal Feira Internacional do Calçado em Milão que este ano teve uma comitiva recorde de 86 produtores e em que referia que o sector em Portugal está em crescimento! Há inclusivamente alguns quadros com falta de formação.

 

São bons sinais para a economia portuguesa mas é acima de tudo uma excelente noticia para a mulher! Amante de “papos” ou sapatos como quiserem.  Não há mulher que não pare numa montra de uma sapataria, e se apaixone por uns sapatos, altos, rasos, sandálias, botas de cano alto, baixo, para todos os gostos!! Um armário de mulher em casa é com certeza um armário feliz!!

 

Os homens agradecem tão grande panóplia mas não tanto o tempo que demoram a escolher...

 

E foi assim que, como pai a tempo inteiro, inspirei-me numa menina linda para uma crónica que achava que não teria tema....

 

Obrigado filhota!!!


Lisboa, 3 de Setembro de 2014

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

A SOGRA

Sogra! Chamamos em Portugal!

Mother-in-law (Mãe em lei)! É assim que chamam os ingleses e alemães

Belle-Mère (Bela Mãe)! Chamam os franceses!

 

Sogra...

É um nome feio e infelizmente muitas vezes associado a algo negativo, tal são as anedotas, músicas.

 

Lingua-da-sogra....

Achava que era mais uma palavra negativa sobre a sogra..

Pesquisei algo sobre esse bolo enrolado que adoro comer. 

O que encontrei foi o seguinte:

substantivo feminino

1. Folha delgada de pasta feita com farinha, açúcar e canela, tostada e enrolada em forma de canudo.

2. Barquilho.

Ou seja, nada negativo! Se calhar na gíria popular tem algum significado negativo.

E não tem de ser! E não é!!

 

Eu não me posso queixar! Tenho a sorte de ter 2 Belle-Mère! Sim leram bem! 2! A mãe da minha mulher, quem chamo de Mãe Joana e a madrasta (outro nome simplesmente horroroso!!) que também são avós dos meus filhos. Sim os meus filhos têm 3 avós!

 

Sei que não é fácil quando iniciamos uma família, e a Belle-Mère faz parte, tal como fazem parte os outros membros da outra família, sogro, irmãos, tios, primos e amigos chegados da família.

 

Faz tudo parte de um processo de adaptação, que não é fácil mas que se todos ajudarmos, seremos uma família mais feliz!

Há coisa pior que família que não se fala?

 

Se não tivermos capacidade de encaixe para uma mudança tão brusca na vida, 

 

Passei por esse processo. De inicio é tudo fácil, mal nos conhecemos e o encanto inicial perdura algum tempo. E depois surgem as primeiras dificuldades em aceitar as opiniões, à presença o que é perfeitamente normal! O ser humano é orgulhoso por natureza e “dar o braço a torcer” não é fácil.

 

No meu caso, fui mais eu que tive dificuldade em adaptar-me ao aumento da família. E note-se que quase “caí de paraquedas” numa família fantástica. Mas aos poucos fui conhecendo-os e hoje creio que todos me adoram! E eu adoro-os a todos! Sem excepção!

Esse período de adaptação passou e hoje posso afirmar que tenho uma família linda! A minha de sangue e com quem casei!

 

E digo sem medo que casei com uma família fabulosa!! Até fazem vinhos que é uma das minhas grandes paixões! Se ficaram curiosos podem visitar os nossos sites:

www.macanita.com

www.fitapreta.com

www.sexywines.pt

Provem e não se vão arrepender!

 

Os franceses é que estão certos! São Belas Mães!

 

E com um copo de um bom vinho faço um brinde à minha Linda Mãe, às minhas  Belles Mères e a todas as Mães e Belles Mères!!


Lisboa, 27 de Agosto de 2014

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A DEPILAÇÃO

Tinha de abordar este tema mais cedo ou mais tarde…

Era inevitável!

Por ser um tema de mulheres…

Por ser um homem a falar sobre esse tema…

Por ser, ainda para alguns homens, um tema tabu…

 

Abordo-o sem receio de “gozações” por parte de alguns mais conservadores. Porque sei que eles não vão ler esta crónica….ou se calhar vão!! Se calhar não são assim tão conservadores....

 

Surgiu em conversa com uma amiga que me perguntou “porque é que não escreves sobre a depilação? É um tema feminino e escrito por um homem tem outra visão”… porque não? pensei eu.

 

Não que a nossa visão não seja conhecida mas talvez não seja normal um homem falar de algo tão comum na nossa sociedade mas que é peça fulcral para uma mulher se sentir bem com o seu corpo e sentir que o seu companheiro, marido, namorado, amante gosta!

 

As mulheres fazem-no porque ficam definitivamente mais bonitas, não me peçam para gostar de pêlos nas mulheres porque de facto não é estético! Debaixo dos braços só tenho a dizer uma coisa: BLHEAC!

Será que consegui transmitir o significado desta palavra?!

 

Que me perdoem as mais naturalistas mas para mim não! Definitivamente não!

 

E falo neste tema sem tabus porque de vez em quando também eu faço! Sim já depilei as pernas e a minha “desculpa” é a seguinte:

Ando de bicicleta todos os dias! Casa-trabalho-hora de almoço-trabalho-casa..E como todos os ciclistas o fazem, para as massagens, para ter menos resistência ao ar, decidi experimentar….

 

E caramba!! É mesmo muito confortável! Para a roupa, para as massagens, para fazermos o melhor tempo, para nos sentirmos melhores?! Porque não?  Quanto a mim voltarei a fazê-lo, até porque a minha mulher gosta!

 

E você? O seu companheiro, namorado ou marido gosta? E gosta(ria) de o ver depilado?

 

Deixemo-nos de tabus e falemos sobre tudo o que as mulheres gostam!


Lisboa, 25 de Agosto de 2014


 

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

O AMOR ACONTECE E É.....

Para esta crónica inspirei-me em várias histórias:

 

No filme “Love Actually” ou em português “O Amor Acontece”, um dos meus filmes preferidos de sempre. Várias histórias de amor que acontecem, que vão acontecendo....Simplesmente não me canso de o ver!

 

No famoso livro do Miguel Esteves Cardoso (ou MEC como lhe chamamos), “O “AMOR É FODIDO.” com um nome pouco comum e, para quem não conhece basta pesquisar no Google e facilmente encontrará. Já o li há muitos anos, não me lembro de tudo o que ele escreveu. Mas marcou-me! O nome marcou-me! Porque é a realidade! O amor é realmente FODIDO!! Isso mesmo! Porque é difícil! Porque requer de nós energia, tempo, paixão, compaixão, saudade....

 

E na minha história pessoal...Igual a tantas outras mas sempre disse que um dia iria escrever um livro...O título seria “A MINHA VIDA DAVA UM LIVRO!”. Nome fácil e demasiado óbvio mas que dava eu sinto que dava. E quem sabe um dia possa escrever...

 

Aqui deixo-vos um pouco da minha história: 

Sempre vivi relacionamentos longos. O primeiro grande amor durou 6 anos e meio certinhos! Acabou quando senti que não conseguir dar tudo de mim, a energia, tempo, paixão, compaixão e já não sentia aquela saudade quando estamos longe de quem amamos.

 

Terminei esse longo relacionamento e comecei outro de 4 anos e alguns meses, com alguns “interregnos” pelo meio...Neste “amor” voltei a dar tudo de mim!

Tudo! Talvez demais! Se é que isso existe no amor...

 

No dia em que o amor do outro lado acabou, fiquei sem chão, achei que não teria forças para voltar à tona, que jamais seria capaz de amar novamente. 

Vivi alguns meses com relacionamentos fugazes em que a minha sinceridade por vezes magoava. “Não estou pronto para um relacionamento sério!” dizia eu...

 

Até ao dia....”O DIA!”

 

O dia em que o amor aconteceu!

O dia em que senti que estava pronto! Para tudo! Mesmo nem sabendo o que é tudo num relacionamento sério e de família a 2, muito menos a 5 (Que é o onde me encontro neste momento: mulher, 2 filhos rapazes e uma filhota)

 

Já nos conhecíamos dos tempos da faculdade! Não foi amor à primeira vista, uma vez que tanto eu com ela estávamos nos nossos relacionamentos de longa duração...Mas fez faísca! E foi assim que passei a chamar-lhe! “Faísca”..

 

8 anos e umas quantas relações falhadas voltei a cruzar o olhar com a minha Faísca....desta vez estávamos livres!! Tão livres que o amor não nos deu qualquer hipótese de pensar duas vezes! Simplesmente aconteceu!! E continua a acontecer todos os dias! E é também f..... isso mesmo! F.....

O Miguel Esteve Cardoso tinha razão!

 

E tal como nos outros relacionamentos continuo a dar tudo de mim. Porque, tal como no filme, quero que o Amor aconteça!


Lisboa, 20 de Agosto de 2014

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O MEU FILHO É MELHOR QUE O TEU!

E é! E são! Pelo menos para nós! Porque queremos e sonhamos que assim sejam!!

 

Quem não é pai/mãe ainda não tem estes pensamentos mas assim que chega o “nosso” tudo muda!

 

(Para facilitar a leitura sempre que lerem “nossos” são os nossos filhos, e os “outros” são os filhos dos outros.)

 

É inevitável esta comparação!

 

Quantas vezes não damos por nós a olhar para os filhos/as dos nossos amigos e comparar com os nossos rebentos?

 

Quantas vezes elogiamos os “outros” e desejar que os “nossos” sejam tão bons ou melhores? Ou melhor, pensar “o meu filho é mais bonito, rápido, salta mais alto, é mais inteligente!”

 

Ficar irritado ao ver um(a) menino/a com a mesma idade e ir para casa a correr e pensar numa forma de acelerar um processo do desenvolvimento que, por alguma razão, não está ao mesmo nível daquele/a menino/a. Esquecendo por completo que há de certeza outros processos que estará mais à frente.

 

É errado eu sei mas somos assim mesmo. Cheios de erros e virtudes e cabe a cada um de nós conseguir, de uma forma saudável, que os nossos filhos sejam iguais ou melhores (de preferência melhores) que os próprios pais e mais ainda dos “outros”

 

Não conseguimos evitar, a competição faz parte do ser humano e quando é a nossa descendência que falamos, eles têm de ser (aqui uso a expressão da minha mulher) “os melhores bonecos da bola!”

 

As mães, com o seu lado protetor eterno são as que mais vivem com este “chip”. Analisando sempre os “outros” e comparando com os “nossos”. Está nos seus genes.

 

E o meu sogro diz e com razão: “Estamos neste planeta exclusivamente para perpetuar as espécie, espalhar os nossos “genes”. Vivendo e aproveitando a vida o melhor que podemos”. Genes estes que acreditamos que são os melhores. Queremos que sejam os melhores! 

 

Vivi com a frase brincalhona do “meu pai é melhor que o teu!” e isso também não foge da realidade. Os “nossos” têm de ser melhor que o dos outros! (salvo seja). E o meu pai é (pelo menos para mim) melhor que o vosso!

 

E para mim os “nossos” serão sempre melhores que os “outros!”

 

Nota: Foi a minha linda mulher, mãe dos meus lindos filhos que me sugeriu escrever sobre este tema....

Ela é de facto linda e os meus filhos são de facto lindos!


Algarve, 14 de Agosto de 2014

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Fomos de férias!!

Fomos de férias...

Com tudo o que isso implica, seja acampar, casa de férias, casa alugada...

E o “isso” implica uma logística inicial tremenda! Não pode faltar nada do que é essencial:

Roupa

Brinquedos

Material de praia – para quem tem filhos sabe do que estou a falar..

Comida

Fraldas

Toalhetes

Cremes

Shampô

E muitas coisas mais...

E quem faz isso lá em casa normalmente é a Mãe! Essa trabalhadora incansável que quer acima de tudo que as férias corram na perfeição!

E essa preparação inicial é essencial para um arranque perfeito.

O pai tem normalmente a função de fazer o “tetris” no carro para que a viagem seja o mais confortável possível.

O meu arranque foi assim...prepara, compra, “enfia” tudo no carro, aliás nos 2 carros, tal é a quantidade de “material de férias” que trazemos, bem menos que no ano passado quando fomos acampar e até frigorifico levámos para o campismo.....O conforto foi total! Graças à Mãe.

E as minhas memórias de infância são semelhantes, carro bem mais pequeno, cheio de material, mas essencialmente cheio de alegria, ansiedade por começar as tão desejadas férias.

Com 3 filhos essa alegria multiplica-se e desdobra-se em semanas e semanas a ouvi “falta quanto tempo para irmos para o Algarve?”, “nunca mais vamos para o Algarve?”. 

Chega finalmente o dia! O tão ansiado dia! Que parece curto para conseguir fazer tudo e arrancar finalmente. Algum stress normal e aí vamos nós!!

Paragem no Mcdonalds para um jantar rápido e uma viagem tranquila...Os meus filhos adormecem instantaneamente! Digo-lhes sempre “fechem os olhos que quando acordarem estão no Algarve!”

É quase como uma viagem no tempo em que 2 horas e meia se “transformam” em 5 minutos.

Chegamos

Desfazemos o tetris

Colocamos os miúdos na cama

Descansamos......Apenas por algumas horas e não minutos...Aqui não há máquina do tempo.....A alvorada dos pequenos é como pequenas agulhas que nos espetam no corpo...

eu demoro algum tempo até começar a activar. A mãe, incansável, já está de pé a preparar o dia. Não consigo ficar mais tempo sem ajudar...Vamos a isso!

 

Toca a acordar que as férias já chegaram!!

 

Boas férias para todos!!


Algarve, 6 de Agosto de 2014

quarta-feira, 23 de julho de 2014

A Mala (Sport Billy) do Século XXI

Todos sabem a admiração que tenho pelas minhas mulheres! Pela minha mulher, a minha mãe, irmã, avós, tias, primas e amigas! Não é novidade para quem lê estes textos semanalmente! Afinal de contas estou aqui como homem, como (supa)pai a escrever sobre as mulheres, para as mulheres!!

 

O que também me admira são as malas das mulheres! Essas malas “Sport Billy versão Século XXI”.

 

Para quem não conheceu os desenhos animados do Sport Billy, era um herói que viajava no tempo com uma mala, onde basicamente tinha tudo o que necessitava para salvar o planeta do mal.

Podem ver um pequeno excerto neste link: 

https://www.youtube.com/watch?v=fAwTUXENFj0

 

Não se trata de uma analogia perfeita mas acredito que o que elas têm lá dentro dá para salvar o dia e muitas vezes uma situação mais complicada.... um baton, um espelho e o verniz das unhas antes de entrar numa reunião importante. Não esquecendo a caixa com todo o material de maquilhagem em formato miniatura.

 

Toalhetes e fralhas de bebé, para quem já em mãe, uma chucha perdida no fundo para os momentos de crise quando o bebé “decide fazer desaparecer” literalmente o objecto que lhe traz tranquilidade – não é por acaso que os americanos lhe chamam de “pacifier” (pacificador) – e a nós nos dá mais alguns segundos de descanso...

 

Algumas vezes ficamos irritados com a quantidade de coisas que transportam e com a dificuldade que temos em encontrar o que quer que seja dentro daquele mundo! A mulher chega e encontra na hora o que pretende com se tivesse olhos nas pontas dos dedos.

 

Se repararmos na rua, ao vermos uma mulher sem mala sentimos que falta qualquer coisa, parece que vai despida, pelo menos eu sinto isso...

 

E acho que é genético do feminino. A minha filhota de 20 meses adora andar pela casa de mala no braço transportando a sua “pacifier”, a “pê” como ela lhe chama.

 

E como não quero que a minha mulher se sinta despida, um dia levei a minha mulher de olhos vendados a uma loja onde se vendia a mala dos sonhos dela, tirei a venda e disse-lhe que podia escolher a mala que quisesse! Porque é mulher, porque gosta de malas e porque merece ver os seus sonhos tornados realidade, mesmo que em formato de mala.....

 

Não não era a mala do Sport Billy mas que cabe muita coisa lá dentro, lá isso cabe....Às vezes uma “vida” inteira!


Lisboa, 23 de Julho de 2014

 


quinta-feira, 17 de julho de 2014

A PERDA DE UM FILHO - QUANDO O SONHO DE UMA VIDA SE TRANSFORMA NUM PESADELO ETERNO.

Olá Judite,

 

Falo no nome da Judite de Sousa, porque é conhecida, porque é mãe, porque que perdeu o seu filho. Mas acima de tudo falo para todas as mães que perderam, choram e gritam a perda de um filho/filha, a perda de um sonho de uma vida.

 

Deixei passar uns dias numa semana em que se falou da enorme perda que a nossa Judite Sousa teve na vida. É nossa porque há anos que entra nas nossas casas, trazendo noticias que nos fazem rir, e provavelmente até já tenha noticiado sobre uma mãe que perdeu o seu filho, algo que infelizmente acontece com frequência e pelas mais infelizes e variadas razões.

 

Deixei passar para poder reflectir sobre este drama que, é sem dúvida a maior provação de que uma mãe ou pai pode ter na vida....Porque li algures que se estava a dar demasiada importância à Judite e não aos outros casos de mães….

Temos de tentar ver o que esta tragédia nos pode trazer…

 

E uns dias mais tarde assisti a uma reportagem sobre 3 mães que para sobreviver, sim porque nesta situação quase não vivemos, sobrevivemos, ajudam outras mães, quase como uma catarse maternal.

 

Perder um filho é contra tudo o que a vida pode trazer. Nunca estamos preparados para os ver partir…

 

Para mim que sou pai, e para todos os pais e mães os nossos filhos são IMORTAIS!! Queremos partir antes deles! Queremos ver a sua vida ser construída dia a dia, semana a semana, ano após ano, por muitos anos!!

 

O que fazer então?

Um pai uma mãe não quer que o filho seja esquecido. Será esta melhor forma de atenuar a dor?

 

Mães!

Chorem, gritem!! Não deixem a memória dos vossos filhos desaparecer no meio da tristeza! Pensem nos momentos bons! Tentem sorrir! Não desistam de tentar sorrir.

O resto da vida está e estará sempre ao virar da esquina mesmo nesta crueldade de perder alguém que quisemos dar uma vida, um sonho de uma vida! E é necessário (sobre)viver com a maior felicidade possível.

 

Ainda jovem, assisti de perto à perda de um filho querido. A minha avó perdeu um dos seus queridos filhos. Recordo a serenidade com que enfrentou a longa batalha contra a doença e os anos seguintes que não foram fáceis, nunca são! Mas colhi a lição que espero nunca a ter de usar!!

 

Alguém disse um dia “porque nestes momentos nos faltam palavras, são as palavras a única coisa que nos resta....”

 

E é com estas palavras que vos deixo.


Lisboa, 17 de Julho de 2014

quarta-feira, 16 de julho de 2014

"Um pai pode mandar piropos"

Esta crónica é sobre os pais mas fala sobre mulheres e é para as mulheres. E é sobre mulheres que vou falar...

 

A Primavera e o Verão são as estações preferidas da mulher. Da “Mulher-Flor” como eu lhe chamo. A analogia é fácil de entender!

 

Tal como as flores que desabrocham quando o calor começa a aquecer o nosso lindo país, as mulheres mostram-se ainda mais deslumbrantes nesta época estival, como se tivessem guardado religiosamente durante o inverno, o glamour, a sensualidade e a beleza que as caracteriza.

 

E com esta época chegam os piropos mesmo que silenciosos e que sabem bem dizer e acredito que saiba bem ouvir!!

Ainda me lembro de ouvir o meu no carro (sem a mãe por perto claro!!) "olha aquele borracho!!" No momento em que passava um linda mulher na passadeira. 

 

A mulher portuguesa normalmente não responde a piropos e por vezes até olha com desdém a quem o faz. Há que perceber que muitas vezes são piropos ordinários e mal educados.

 

Então e o piropo giro, divertido? Confesso que nunca fui de piropos e não sei assim um giro que possa dizer aqui mas acredito que os há. Os meus sempre foram silenciosos ou em formato comentário ou “cotovelada” no amigo que estava por perto! 

 

E as portuguesas são de facto mulheres bonitas!! E gostam de ouvir um piropo! Não há mulher que resista! 

 

 Pensam assim “Valeu a pena aqueles minutos todos em frente ao espelho hoje de manhã” ou “Tantos kms percorridos a fazer “running” (que agora está na moda) compensaram!” E sentem-se felizes!

 

Na moda está igualmente a frase “Há uma linha que separa…” E aqui afirmo, “Há uma linha que separa o piropo do elogio!”

 

Ambos aumentam a auto-estima e alimentam o ego.

 

Elogiar a mulher que se ama é quase como um piropo intímo não?

 

Elogio (quase) todos os dias a minha mulher! Porque é linda, porque é bonita! Mas acima de tudo porque merece um elogio, um carinho e o meu amor que muitas vezes são mais que suficientes para ultrapassar uma fase ou um dia mais dificil.

 

Nós homens, não nos podemos esquecer de elogiar ou mesmo de mandar um piropo mesmo que silencioso. 

 

Agora pergunto! Acham que deviam responder a um elogio? Porque não? Um sorriso basta! E para quem elogia faz valer o dia!

 

E pergunto também?

 

Um pai pode mandar piropos? Claro que pode! Mas sem a mãe por perto! ;)


Lisboa, 16 de Julho de 2014

quarta-feira, 2 de julho de 2014

A Mãe (solteira), A MULHER!

Cresci no seio de uma família completa. E quando digo completa é porque sou a favor de uma família com mãe, pai e se possível irmãos e irmãs... Não me levem a mal os pais com apenas um filho, daí dizer “se possível”.

 

Até há uns anos atrás achava que uma família monoparental não era bom para o crescimento saudável da(s) criança(s). Enganei-me e assisti que muitas vezes o melhor (pelas piores razões) é mesmo ser assim.

 

Até que conheci um caso maravilhoso de uma amiga minha de há muitos anos a esta parte, a Catarina Beato que criou e cria sozinha dois filho. Viveu momentos dificeis, a gravidez, o desemprego, a perda do pai que tanto amava, mas sobreviveu! E acima de tudo viveu e vive a vida feliz com dois rapazes fantásticos!

 

É mãe solteira não por opção mas porque a vida é mesmo assim… e como ela diz e bem: “…se há missão que considero verdadeiramente difícil nesta vida [e para a qual não me sinto suficientemente corajosa] é a de manter uma relação amorosa saudável e feliz com coabitação e filhos. é preciso muita coragem trabalhar uma relação [porque as relações felizes também são um trabalho a tempo inteiro]…” – in “Dias de uma PRINCESA” - http://diasdeumaprincesa.clix.pt/2012/04/sobre-nao-coragem.html

 

….A mãe solteira ou casada, a MULHER! 

 

Elas são a base de sustentação de uma família saudável.

 

Pensam em tudo! E quando digo tudo é mesmo tudo! 

 

A decoração da casa (vivi solteiro uns anos numa casa e nunca pensei em decorar devidamente as divisões…serviços mínimos chegava para mim: cama, tv, música e livros….) o que fazer para o almoço, lance, jantar, as férias, a educação dos filhos, a missão de manter uma relação amorosa saudável e feliz. 

 

A minha avó dizia que por vezes se zangava de propósito com o meu avó para depois fazerem as pazes e sentirem que a vida a dois vale a pena! E resultava! E resultou!

 

Não quero de todo retirar da equação o homem, porque sem nós, naturalmente, esta equação não tem resultado….Tirando claro as muitas situações como a que referi anteriormente, em que essa equação funciona!!

 

Mas aqui venho falar das mulheres! Essa força da natureza, capaz de aguentar 9 meses de gravidez, o parto, o pós-parto, a relação com o seu amado, a relação com o seu amado e os filhos no meio, as birras, as birras do marido, a casa, o trabalho, a educação….

 

Ufa!! Como é que conseguem? Como é que a minha mulher consegue?

 

Ainda bem que consegue! Ainda bem que conseguimos e somos felizes! E é assim que uma família deve ser sustentada! Com base na luta diária pela felicidade!

 

A minha família é um desses casos! E o da Catarina Beato é igualmente e felizmente outro desses casos. 

 

Se assim for que sejamos igualmente e felizmente felizes!

quarta-feira, 25 de junho de 2014

UMA SALA DE ESPERA DIFERENTE

O preciso momento em que ouvimos “Estou grávida!” ou “Queres ser pai?” está carregado de magia. Uma magia tão grande que somos “transportados” para uma “sala de espera” diferente. 

 

Uma sala de espera de 9 meses que esperamos que não seja curta…

 

São 9 meses de sensações, momentos únicos e inesquecíveis sem saber o que vai acontecer à nossa vida a partir daí…

 

Nessa “sala” tudo começa a mudar…Começamos a viver o sonho de ser pai, assistindo dia a dia esse sonho crescer na barriga do nosso amor.

 

É importante mimar, “aturar as birras” da mulher, os desejos excêntricos, tal como comer um croissant às 23h que só se vende naquela pastelaria específica. Comer melancia fora de época e que por acaso se vende num determinado supermercado…

 

Acima de tudo devemos amar, tal como no primeiro dia! Esse amor deve ser inesgotável, mesmo quando ouvimos elas dizer “já não me amas?” (depois de receber umas flores ou um “amo-te”, ou ainda “porque é que não me dás beijos? (quando acabamos de a encher de beijos).

 

E não termina aqui….

A partir de certa altura elas começam a dormir mal – E aqui deixo um conselho: almofadas! Muitas almofadas! Dão sempre jeito quando aquela barriga linda começa a pesar. 

 

E é nessa barriga linda que sentimos os primeiros “pontapés” que são o ponto de partida de algo que sentimos que já é real! E já falta tão pouco! 

 

Chega finalmente o dia! Mas as horas parece que não passam! Segundos parecem minutos, minutos parecem horas…uma eternidade. 

 

Para trás ficaram 9 meses…Para a frente uma vida inteira numa nova família.

 

E finalmente saímos da sala de espera!

 

Vamos para casa sem saber o que nos vai acontecer. E nunca sabemos! Mesmo que já não seja a primeira vez que estamos naquela “sala”... Pois não há bebés iguais!!!

 

E depois? Perguntam vocês....

 

Bem depois a nossa vida e a visão que temos da vida muda para sempre!! 

Lisboa, 25 de Junho de 2014    

terça-feira, 17 de junho de 2014

Um pai e as suas AVÓS

Hoje trago-vos um tema que diz muito daquilo que sou hoje!

 

As minhas AVÓS.

 

E escrevo em maiúsculas porque são 2 AVÓS que tiveram e têm um significado tremendo na construção da minha personalidade. Apesar de já só ter uma, falo como se ainda tivesse as duas. E tenho! Elas vivem em mim, fazem parte de mim. 

 

E é tão bom ter AVÓS!

 

Recordo-me quando elas começaram a ter alguma dificuldade em andar, de lhes dar o braço sem pudor, sim porque quando se é jovem adolescente, pode ser constrangedor para os amigos e colegas ser-se visto de braço dado com a AVÓ. 

 

Tive situações em que alguns “engraçadinhos” gozaram comigo. Enfim..... Provavelmente não tiveram as AVÓS que eu tive, não tiveram orgulho e o sentimento de gratidão eterna que eu tenho pelas minhas queridas AVÓS.

 

Nunca me senti constrangido, muito pelo contrário. Sentia orgulho por ser neto de duas mulheres tão excepcionais, ainda com tanto amor, tanta vida para nos mostrar e dar.

 

Elas pegaram-me ao colo quando nasci, tomaram conta de mim enquanto crescia, preocuparam-se comigo sempre estava doente, tal como a minha mãe se preocupou, foram segundas mães e algumas vezes mães quando a minha querida mãe, esporadicamente esteve ausente.

 

Essa vivência é única e moldou para sempre a minha personalidade, e mostrou que devemos cuidar e mimar as nossas AVÓS. Elas merecem mais do que tudo!

 

Ainda hoje transmito aos meus filhos esses valores. E eles são uns sortudos! Têm 3 AVÓS! Sei que ainda não ligam muito a isso mas sei que no futuro também irão dar o braço para as ajudar, lhes irão fazer companhia, lhes dar alegrias, e se possível bisnetos e bisnetas!

 

Agora somos nós, família que cuidamos delas, que lhes pegamos na mão, que lhes contamos anedotas. Porque elas merecem um final de vida alegre, feliz! O mais feliz possível.

 

Mimem e cuidem das vossas AVÓS! Sempre!!

 

Escrevi esta crónica com as minhas AVÓS Adelaide e Alice no meu coração! Sempre! A minha gratidão será sempre eterna!!

 

E escrevi porque um bom pai tem de ser um grande neto!!

 

Eu acho que sou!